Sem
forma
A
onda se transforma
Com
a espuma que espalha
Com
o vento que transborda
E
o barco não afunda
Na
água tão profunda
E
o mar a tudo assola
E
o céu a tudo assiste
Quieto,
em silêncio
Imerso
em pensamento
Na
volta, pirueta
No
momento em que existe
E
insiste
E
assiste
E
existe
E
existe?
Consola
Pra
algo então serve
Servil,
serviu
Ao
teu e ao seu propósito
De
marear, de marejar
De
cair no ar
Levar
o mar a navegar
De
ver o céu então chorar
Pois
que chore
Que
implore
E
que ninguém socorra
E que
sozinho o céu morra
De
morte doída
De
morte sofrida
De
morte morrida
Ou
só de morte
De
falta de sorte
Amor
como norte
Fraqueza
do forte
Final
do farol