domingo, 20 de janeiro de 2013

Luz


Sem forma
A onda se transforma
Com a espuma que espalha
Com o vento que transborda

E o barco não afunda
Na água tão profunda
E o mar a tudo assola
E o céu a tudo assiste

Quieto, em silêncio
Imerso em pensamento
Na volta, pirueta
No momento em que existe

E insiste
E assiste
E existe
E existe?

Consola
Pra algo então serve
Servil, serviu
Ao teu e ao seu propósito

De marear, de marejar
De cair no ar
Levar o mar a navegar
De ver o céu então chorar

Pois que chore
Que implore
E que ninguém socorra
E que sozinho o céu morra

De morte doída
De morte sofrida
De morte morrida
Ou só de morte

De falta de sorte
Amor como norte
Fraqueza do forte
Final do farol

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